Resenha: Em Outra Vida, Talvez? – Uma história sobre escolhas e o que é nosso por destino

Resenha: Em Outra Vida, Talvez? – Uma história sobre escolhas e o que é nosso por destino








Capa do livro Em Outra Vida, Talvez? de Taylor Jenkins Reid


Em Outra Vida, Talvez? – E se a vida pudesse se dividir em dois caminhos?
Taylor Jenkins Reid

Você já parou pra pensar como sua vida teria sido se tivesse tomado outra decisão naquele momento? É essa pergunta que guia o enredo de Em Outra Vida, Talvez?, um livro delicado e cheio de significado da autora Taylor Jenkins Reid — conhecida por nos fazer pensar sobre o tempo, os sentimentos e as escolhas que moldam quem somos.

Nesta resenha trago um breve resumo sobre o que se trata a história, e ao final minha opinião e impressões da leitura. Sem spoilers, claro!

Então, se você está interessado em “Em outra vida, talvez?” este texto foi feito para você! Me acompanhe aqui e depois volte para deixar a sua opinião também.


Resumo da história

Hannah Martin tem 29 anos e está se sentindo meio perdida. Depois de anos mudando de cidade em cidade, ela decide voltar para Los Angeles, sua terra natal, para recomeçar — mais uma vez. Em sua primeira noite de volta, ela sai para uma festa com sua melhor amiga, Gabby, e reencontra seu antigo namorado, Ethan.

Na hora de ir embora, uma escolha aparentemente simples divide o livro em dois caminhos

– E se ela fosse embora com Gabby?
– E se ela ficasse com Ethan?

Você já parou pra pensar como sua vida teria sido se tivesse tomado outra decisão naquele momento? É essa pergunta que guia o enredo de Em Outra Vida, Talvez?, um livro delicado e cheio de significado da autora Taylor Jenkins Reid — conhecida por nos fazer pensar sobre o tempo, os sentimentos e as escolhas que moldam quem somos.

A partir daí, acompanhamos duas versões paralelas da vida de Hannah, em capítulos intercalados. Cada escolha leva a eventos completamente diferentes — alguns felizes, outros devastadores —, e o leitor, assim como Hannah, é levado a refletir: será que existe um destino certo? Ou todas as vidas têm sua beleza e dor?

Tradução: Talvez em outra vida, né?

Por que esse livro me pegou?

Esse livro tem um ritmo leve, mas carrega uma profundidade bonita. Ele não te entrega respostas prontas — e eu gosto disso. Pelo contrário: nos lembra de que a vida é feita de decisões o tempo todo, e que, em cada possibilidade, há coisas boas e ruins. Nenhum caminho é perfeito, e talvez a resposta não esteja em escolher “o certo”, mas em viver bem o que vier.

A autora trabalha de forma muito humana os dilemas de Hannah. O livro fala sobre amizade, amor, recomeços, perdas e, acima de tudo, sobre como podemos encontrar sentido nas nossas decisões — mesmo aquelas que pareceram pequenas na hora.

Reflexões que ficam

“Em outra vida, talvez?” é o tipo de leitura que dá vontade de pausar e pensar na sua própria trajetória. Me peguei lembrando de momentos simples que talvez tenham mudado completamente o rumo da minha vida — um sim, um não, uma mensagem, um atraso. As bifurcações são constantes, mas talvez o mais bonito seja saber que, mesmo com caminhos diferentes, a gente sempre tem a chance de encontrar sentido, afeto e reconstrução.

A história de Hannah, de certa forma, me lembrou muito a de Nora Seed, do livro “A Biblioteca da Meia-Noite” - que você encontra a resenha dele aqui - porque, da mesma forma que Nora encarou os diferentes caminhos que pequenas decisões do dia a dia nos levam, Hannah também viveu isso.

Uma diferença é que neste caso Hannah não sabia que vivia vidas paralelas. Mas, ainda assim, nós como terceira pessoa acompanhando a vida de cada personagem compreendemos que, muitas vezes, uma pequena ação pode mudar tudo, mas também... mudar nada.. Pera, você não leu errado e eu não estou ficando doida - talvez esteja sim  rsrs.

O que estou querendo dizer - e aqui quero tomar muito cuidado para não trazer spoilers - é que: a autora, Taylor, nos traz uma reflexão interessante de que apesar de pequenas decisões terem um grande peso e o poder de mudar todo o rumo de nossa vida, elas também não tem, porque há coisas que são nossas. E independente da decisão que você tomar, essa coisa vai chegar até você.

Há certas coisas na vida que não importa qual rumo você seguir, o que é seu vai te encontrar. Porque é seu, e nada te tira isso. Vai chegar de outra forma, talvez demore mais ou talvez demore menos. Mas uma hora ou outra, virá à tona e será seu.

E, é claro, que aqui nós estamos lidando com uma ficção, porém nos resta apenas refletir e decidir: eu acredito nisso?

Trecho do livro "Em outra vida. talvez?", de Taylor Jenkins Reid. Créditos imagem: amigos literários

Eu, Ana Clara, acredito fielmente nisso. Não há como sabermos o que é ou não é predestinado a nós, entretanto o que torna mágico nesta crença é exatamente isso: a fé de que não importa o que seja, será seu. A intenção é você justamente não se preocupar com isso.

E, no meio de todo esse caminho chamado vida, que a gente possa sonhar — e fazer acontecer. Nosso caminho pode não estar 100% traçado, porém a nossa essência vai sempre ser a mesma e encontrar aquilo que veio ao mundo para ser nosso. 

Se você gosta de histórias que misturam leveza com reflexão, com aquela pitada de “e se?”, esse livro é um abraço.
E se você já leu, me conta: em outra vida, talvez… você também teria escolhido diferente?

Abraços e até a próxima leitura 🙂


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