Entre almas e escolhas: o que Soul e A Biblioteca da Meia-Noite têm em comum?
Entre almas e escolhas: o que Soul e A Biblioteca da Meia-Noite têm em comum?
Soul e A Biblioteca da Meia-Noite: duas formas de olhar para o que realmente importa
Oie, voltei!
Hoje quero trazer uma reflexão sobre duas obras que me tocaram profundamente, cada uma à sua maneira: o filme Soul (Disney/Pixar) e o livro A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig.
A Biblioteca da Meia-Noite já tive a oportunidade de trazer aqui para o blog, você encontra a resenha aqui! Porém, parando para refletir um dia desses, eu lembrei do filme Soul, da Disney, e em como quando assisti ele mexeu comigo de formas inimagináveis, estava 0 preparada rsrss.
E, vendo como tem sido um tema muito bem visto aqui por vocês, pensei: por que não trazer mais essa reflexão, que casa tão bem com outra história que já trouxe?
Embora sejam histórias bem diferentes — uma animação leve, outra um romance melancólico —, no fundo, ambos nos convidam a fazer a mesma pergunta: o que é que realmente importa na vida?
✨ Sobre o filme Soul
Em Soul, conhecemos Joe Gardner, um professor de música apaixonado por jazz que sente que sua vida ainda não "começou de verdade". Para ele, tudo o que importa é alcançar o grande sonho de se tornar um músico reconhecido.
Quando finalmente tem uma oportunidade de se apresentar com uma grande banda, um acidente inesperado o leva a um lugar misterioso: o "Pré-Vida", onde as almas desenvolvem suas personalidades antes de nascer.
Lá, Joe conhece 22, uma alma que nunca quis vir para a Terra porque acredita que a vida é sem graça e sem sentido. Juntos, eles embarcam numa jornada de autoconhecimento, e Joe precisa repensar tudo o que acreditava sobre propósito, felicidade e o que significa "realmente viver".
No final, Soul não fala apenas sobre encontrar uma grande missão — mas sobre a beleza escondida no cotidiano, nos pequenos momentos, na sensação do vento no rosto, no gosto de uma fatia de pizza, numa risada inesperada.
A vida não é só sobre grandes conquistas. É sobre estar presente.
Recapitulando rapidamente: um breve resumo de A Biblioteca da Meia-Noite
Em A Biblioteca da Meia-Noite, acompanhamos Nora Seed, uma mulher que sente ter falhado em praticamente tudo. Sem ver sentido em sua existência, ela acaba em uma biblioteca mágica onde pode viver vidas alternativas: realidades que teriam acontecido caso tivesse tomado decisões diferentes.
Cada livro na Biblioteca representa uma nova versão da vida de Nora: e se ela tivesse continuado com aquele namorado? E se tivesse seguido a carreira de nadadora? E se tivesse dito sim ou não em momentos importantes?
Mas conforme Nora experimenta essas diferentes realidades, ela percebe que não existe uma vida perfeita. Todas carregam seus próprios problemas, alegrias, dores e belezas.
E mais importante: a felicidade não está apenas em escolher "a vida certa", mas em encontrar sentido onde estamos.
Nesta resenha aqui, você encontra uma análise mais profunda do livro, com questionamentos e reflexões que me ocorreram durante a leitura.
O elo entre Soul e A Biblioteca da Meia-Noite
Essas duas histórias, tão diferentes na forma, se unem no que nos ensinam:
Viver é muito mais sobre o agora do que sobre um "grande objetivo" a ser alcançado.
É claro que sonhar é lindo, traçar metas é importante, querer crescer é natural. Mas e se a vida verdadeira estiver também nos cafés tomados sem pressa, nos abraços inesperados, nas músicas cantadas no carro, nos olhares que cruzam o nosso no meio do dia?
Hoje, por exemplo, eu acordei muito cansada. O trabalho não parece mais fazer sentido, cada decisão tomada são sem explicação na minha cabeça, e por um momento eu desejo só existir e mais nada.
Ando trabalhando muito, e vivo com uma constante sensação de que ainda assim não to fazendo nada e dando conta de nada.
E é verdade, realmente muita coisa não estou conseguindo abraçar. Mas muita coisa também estou.
Trabalho para um objetivo tão claro para mim agora, porém e depois dele? Me restará algumas coisas, porém principalmente o que restará será a memória do meu caminho até lá. E eu realmente quero me lembrar dessa Ana quase sempre cansada, se cobrando e autodepreciando, desvalorizando até, quando olhar para trás?
Definitivamente não. E o que quero dizer é que nós teremos sim dias ruins, teremos cobranças e que nem sempre vai ser legal.
Mas também teremos gargalhadas soltas, boas conversas, sol que nos aquece, abraços que aconchegam, uma música boa de ser ouvida.
E, se vamos ter que passar pelo caminho de qualquer forma, devemos aprender a valorizar ele; a dar atenção no micro, que vai transformar o macro.
Tanto Soul quanto A Biblioteca da Meia-Noite me fizeram parar e pensar: às vezes, o propósito da vida não é algo que a gente conquista. É algo que a gente vive, em pequenas doses, todos os dias.
E talvez — só talvez — isso seja mais do que suficiente.
💛 E você? Já assistiu Soul ou leu A Biblioteca da Meia-Noite?
Me conta aqui: qual foi a última vez que você sentiu a beleza escondida num momento simples?
Abraços e até! 🙂
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