4 filmes, mil sentimentos: reflexões que ficam com a gent

4 filmes, mil sentimentos: reflexões que ficam com a gente






Resumo

Recentemente reassisti ao filme “Questão de Tempo”, um romance que gosto muito e entre muitas tentativas de obrigar convidar meu noivo a assistir um dos filmes românticos que gosto, este tinha que fazer parte da lista.


Pois mais que romance, para mim ele significa uma verdadeira reflexão sobre a vida.

Por isso resolvi trazer neste post alguns filmes que nos trazem reflexões sobre a vida, de um modo profundo e leve, que pode nos fazer rir e chorar no mesmo segundo. Aqui você encontrará algumas das histórias que eu acredito que nos causa exatamente isso.


Questão de Tempo

Aos 21 anos, Tim Lake descobre um segredo de família: os homens da sua linhagem têm a habilidade de voltar no tempo — mas apenas para momentos que eles próprios já viveram. Seu pai lhe revela isso de forma tranquila e afetuosa, explicando que essa habilidade deve ser usada com sabedoria.

Tim decide então usar esse dom para melhorar sua vida, especialmente no que diz respeito ao amor. Logo ele conhece Mary, uma jovem encantadora e doce, por quem se apaixona perdidamente. Com algumas idas e vindas no tempo, ele tenta fazer tudo dar certo entre eles.

Mas conforme o tempo passa (literalmente), Tim percebe que mesmo podendo mudar o passado, nem tudo pode ser controlado: perdas, dores e momentos difíceis fazem parte da vida — e mexer demais com o tempo pode ter consequências inesperadas.

Ao longo do filme, ele aprende que o mais importante não é corrigir o que já passou, mas viver o presente com atenção, afeto e presença verdadeira.

💭 Por que o filme é tão especial?

Questão de Tempo é muito mais do que uma comédia romântica com viagem no tempo. É uma reflexão sobre o valor das pequenas coisas, o cotidiano, a família, o amor e a finitude. Ele nos convida a viver cada dia como se tivéssemos escolhido vivê-lo de novo — e de novo, com mais carinho.

✨ Uma história sobre escolhas, sobre deixar ir, sobre aproveitar a beleza dos dias simples. É quase como um abraço em forma de filme.

"Que Horas Ela Volta?" (2015)

Dirigido por Anna Muylaert, Que Horas Ela Volta? conta a história de Val, uma mulher nordestina que se mudou para São Paulo em busca de uma vida melhor. Desde então, ela trabalha como empregada doméstica na casa de uma família rica no bairro nobre da capital.

Val é dedicada, carinhosa e extremamente obediente às regras não ditas que regem o relacionamento entre patrões e empregados. Ela cria praticamente o filho dos patrões como se fosse seu, ao mesmo tempo em que passa anos longe da própria filha, Jéssica, que ficou em Pernambuco.

Tudo muda quando Jéssica, já adolescente, vai a São Paulo prestar vestibular e pede para ficar hospedada na casa onde Val trabalha. Diferente da mãe, Jéssica recusa-se a aceitar as “regras invisíveis” da casa, o que gera desconfortos, tensões e expõe as desigualdades sociais de forma direta e sensível.

A presença dela confronta Val com tudo o que ela havia se conformado ao longo dos anos — e força ambas a repensarem seus papéis, seus limites e suas possibilidades.

💭 Por que assistir esse filme?

Que Horas Ela Volta? é um retrato afiado das desigualdades sociais brasileiras, especialmente no que diz respeito ao trabalho doméstico e à separação entre “quem serve” e “quem é servido”. Mas é também uma história sobre dignidade, afeto, empoderamento e mudança.

Regina Casé brilha no papel de Val, e o filme nos emociona justamente por tratar temas profundos com uma delicadeza cotidiana. A pergunta do título – “que horas ela volta?” – ganha muitos significados ao longo do filme, até o desfecho poderoso e simbólico.

"Um Dia" (2011)

Baseado no livro de David Nicholls, Um Dia é um drama romântico que acompanha a relação entre Emma Morley (interpretada por Anne Hathaway) e Dexter Mayhew (Jim Sturgess) ao longo de vinte anos — sempre no mesmo dia: 15 de julho, dia de sua formatura em 1988.

Emma é idealista, sonhadora, engajada politicamente e cheia de ambições que parecem sempre ser adiadas. Dexter é charmoso, despreocupado, cheio de carisma, mas também imaturo e inconsequente. Eles passam apenas uma noite juntos no início, mas algo forte os conecta. A partir daí, o filme revisita esse mesmo dia ano após ano, mostrando como suas vidas seguem rumos diferentes — às vezes próximos, outras vezes distantes — mas sempre entrelaçados.

Em cada reencontro, vemos como amadurecem, erram, se transformam e enfrentam alegrias e perdas. A relação entre eles é feita de encontros e desencontros, hesitações, e um amor que insiste em existir, mesmo quando parece impossível.

💔 Por que esse filme mexe tanto com a gente?

Um Dia não é um romance clichê. Ele mostra o tempo como algo implacável, mas também belo. A narrativa nos convida a refletir sobre as escolhas que fazemos, as oportunidades que perdemos e o peso de deixar para depois o que poderíamos viver agora.

O final é surpreendente, tocante e cruel — daqueles que ficam com você por dias. É uma história sobre o que é real no amor: imperfeições, saudades, silêncios… mas também a beleza de crescer junto, mesmo que aos trancos.

"Central do Brasil" (1998)

Central do Brasil, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Montenegro, é um drama emocionante que narra a jornada de duas almas perdidas que se encontram por acaso e mudam uma à outra para sempre.

A história começa na movimentada estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Lá, Dora (Fernanda Montenegro), uma ex-professora aposentada, escreve cartas para analfabetos que desejam se comunicar com parentes distantes. Cética, amargurada e solitária, Dora não acredita muito nas pessoas — nem mesmo nas cartas que escreve, muitas das quais nem sequer envia.

Tudo muda quando ela conhece Josué, um menino de apenas 9 anos cuja mãe morre tragicamente logo após ditar uma carta a Dora. Sozinho no mundo, Josué quer encontrar o pai, que vive em algum lugar no Nordeste do Brasil.

Relutante no início, Dora acaba embarcando com o garoto em uma jornada pelo sertão brasileiro. Ao longo do caminho, os dois enfrentam desafios, conhecem diferentes realidades e desenvolvem uma conexão afetuosa.

💛 Por que esse filme é tão marcante?

Mais do que uma simples viagem geográfica, Central do Brasil é uma jornada emocional e transformadora. Dora, que no começo do filme é fria e indiferente, vai se abrindo aos poucos, revelando sua humanidade ao lado do pequeno Josué. E Josué, em meio à dor de perder a mãe, encontra em Dora um porto seguro.

O filme fala de solidão, esperança, afeto e redenção. Mostra um Brasil profundo, marcado por desigualdades, mas também por encontros improváveis e uma sensibilidade poderosa. A atuação de Fernanda Montenegro é um dos grandes destaques, e inclusive a levou a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz — um marco histórico para o cinema brasileiro.

E é isso!

Esses são alguns filmes que encheram meu coração e minha mente, me trouxeram boas reflexões sobre a vida e como vivemos ela. Sobre nosso olhar para o mundo.


A ordem não está de forma classificatória, apenas aleatória mesmo. Indico todos de olhos fechados e espero aqui seu comentário me contando sua opinião também!


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E me deixe sua indicação do coração também! Abraços e até a próxima :)









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